A fotografia mais utilizada ao longo dos anos tem sido a de Audrey Hepburn do filme “Breakfast at Tiffany’s”. Aquela em que ela, resplandecente de pérolas e diamantes, segura uma longa cigarreira com luvas pretas.
Vemos a imagem de um “anjo encantador com olhos tristes” mais vezes do que o rosto de qualquer outra celebridade. E isto 30 anos após a sua morte!
Audrey Hepburn não era perfeitamente bonita como, por exemplo, Cindy Crawford.
Era uma mulher pequena com um rosto bonito. Mas, de facto, não havia nada de especial nela.
O segredo da sua popularidade frenética é a elegância clássica. Parece que ela foi toda tecida a partir disso.
Veja os filmes de Hollywood dos anos 50 e 60. Preste atenção à forma como as pessoas se vestiam. Em que interiores elegantes viviam, de que coisas requintadas se rodeavam!
As senhoras estavam bem penteadas e bebiam chá em bonitas chávenas de porcelana.
Os cavalheiros bem vestidos andavam em belos fatos. Olhar para eles é de cortar a respiração!
E o que é que vemos hoje?
Celebridades de classe A a andar de leggings, hoodies e ténis com um coque de empregada doméstica na cabeça. Bebem café em movimento, em copos de plástico sem sentido…
Tudo isto, incluindo a não maquilhagem, é muito prático, sem dúvida!
Mas estas estrelas tão terra a terra perdem o seu encanto. São difíceis de admirar. Já tenho o suficiente da rotina diária da minha vida. Dê-me um sonho belo e inatingível. Um sonho pelo qual me quero esforçar!
Infelizmente, todos nós trocámos a elegância pela comodidade e pela eficiência! Mas todos nós ansiamos pela estética.
Saímos para encontrar pessoas com roupas que são adequadas para correr uma maratona. E as nossas casas são reinos de minimalismo monótono. Não há quadros ou estatuetas requintadas. Porquê manter mais colectores de pó?